25 de abr. de 2010

Um pouco mais de mitologia - O Minotauro



Desde que tive aquela aula maravilhosa com o professor mestre Eduardo Brefore, a mitologia grega tem sido um adorável passatempo. Tenho a impressão de parecer uma criança escutando historinhas como Chapéuzinho Vermelho ou O Mágico de OZ. Acho que é quase isso.
Pensando assim, de tempos em tempos, postarei uma dessas sagas gregas que, particularmente, eu adoro descobrir. Se você também gosta, divirta-se.

Segundo a Mitologia Grega, Minos era o poderoso rei de Creta. Recebeu seus poderes de Posseidon, deus dos terremotos e das profundezas do Oceano, que concordou em torná-lo soberano das marés se o rei se propusesse oferecer-lhe em sacrifício um belíssimo touro branco.
Como Minos não desejasse desfazer-se do majestoso animal, escondeu-o em seu rebanho substituindo-o por outro touro inferior. Ultrajado com a arrogância do rei e o desrespeito pelo pacto firmado anteriormente entre eles, Posseidon solicitou a ajuda de Afrodite, deusa do amor, que fez com que Pasífae, esposa do rei, fosse consumida por uma enorme paixão pelo touro branco. Para concretizar seu desejo, a rainha manda que o artesão do palácio fabricasse uma vaca de madeira Em seguida, adentrou o animal de madeira; o touro então penetrou Pesíifae e dessa união entre a rainha e o animal nasceu o Minotauro, a vergonha de Minos. A criatura, corpo de homem, cabeça de boi- se alimentava apenas de carne humana. 
Horrorizado e cheio de vergonha, Minos ordena que fosse construído um imenso palácio de pedras, o Labirinto tão cheio de corredores que se entrecruzavam e de aposentos dispostos de tal maneira que quem nele entrasse não conseguiria sair.

Entretanto o reino não poderia permanecer para sempre naquela estagnação, ocultando em seu seio segredo tão vergonhoso. Com a intercessão de Ariadne, filha de Minos, Teseu, o herói filho de Poseidon, veio em seu auxilio para matar o Minotauro.O herói foi ao labirinto, prendeu a ponta de um novelo de lã na entrada e saiu em busca da besta. Depois de matá-la, voltou seguindo o rastro da lã desenrolada  Naquele mesmo instante, o deus dos mares insurgiu das profundezas  do oceano enfurecido e destruiu o labirinto com um terremoto, deixando sob os escombros os corpos do rei  Minos e do Minotauro, Todos os escravos foram postos em liberdade. Teseu foi proclamado rei de Creta e inaugurou-se uma uma nova era de paz e prosperidade. e o Labirinto jamais foi reconstruído. 

17 de abr. de 2010

Injeção cultural

A viagem foi um luxo. Primeiríssimo lugar visitado foi o MASP onde seria a exposição de Marc Chagall, mas infelizmente tinha acabado no fim de semana anterior, porém, vi obras que não esperava encontrar como Pablo Picasso, Eugéne Delacroix, Paul Gauguin, Anita Mafaltti, Van Gogh e Renoir.
A exposição trouxe os primeiros retratos, inicialmente o auto-retrato, direcionado para a elite, esses com muitas pompas e detalhes evidentes de uma posição social mais elevada, por meio de objetos como cadeiras e vestimentas que somente pessoas da elite poderiam usar.
Confesso que estar diante de um Pablo Picasso é fascinante. Impressiona os detalhes de cores,  movimentos  e a riqueza de detalhes e expressões captadas pelo olhar do artista, exercem um certo hipnotismo quando olhamos.
Esse tipo de arte foi bastante criticado quando criado pelo fato de um retrato não trazer a visão do artista, mas sim uma cópia do real, deixando a subjetividade de lado. Mesmo assim, como boa leiga, ainda, no assunto, creio que a arte, mesmo em forma de retrato, está lá, basta olhar.
Havia também uma belíssima escultura de Giuseppe Mazzuoli  em "Diana adormecida", uma obra de 1700.
É tanta perfeição que é possível ver a queda dos cabelos de Diana e os detalhes, talhados, com perfeição, das dobras da roupa. Maravilhoso.

Fui também visitar o Planetário, no Parque do Ibirapuera, quem me conhece sabe que gosto de estrelas, então, foi uma viagem ao espaço. As luzes se apagam dando lugar a um céu imensamente estrelado. Sabiam que há mais de 3 bilhões de galáxias, existentes, já confirmadas, mas o universo é infinito, então...pode haver mais.
Há duas galáxias que podem ser vistas a olho nú e vimos todos os dias, mas não paramos pra dar a devida atenção. São aquelas duas imagens no céu (olhe de preferência bem de madrugada) onde parece um vapor entre as estrelas...dê uma boa olhada hoje para o céu.


Depois fui a Pinacoteca, lugar imenso em frente a Estação da Luz, no bairro da Luz, com estruturas trazidas da Inglaterra que copiam o famoso relógio Big Ben, aberta ao público em 1910, todas as grandes personalidades pisaram por lá, já que a ferrovia era o meio de transporte usado no período, e também trazia imigrantes de todas as partes do mundo.

Vi Andy Wahrol  e sua pop-art . Muitas obras voltadas a tecnologia do momento, várias pessoas e símbolos retratados de forma massiva alterando apenas as cores. Maravilhoso.
Essas obras eram uma forma de protesto ao consumo desenfreado do século XX.
Gostaria de ter visto muitas outras coisas, mais o tempo foi curto. Outras oportunidades virão.

2 de abr. de 2010

Hélio Oiticica - Antiarte por exelência

Pintor, escultor, artista plástico e performático, de aspirações anarquistas, Hélio Oitiica é considerado, por muitos, o artista mais revolucionário de seu tempo. Sua obra mais polêmica é o "Parangolé" , uma espécie de capa , tenda ou bandeira, que só mostra plenamente seus tons, cores, formas, textura e grafismo e o material que foi executado (tecido, borracha, tinta, papel), à partir dos movimentos de algúem que o vista. Por isso foi considerada escultura móvel (antiarte por exelência). Foi expulso de uma mostra no MAM do Rio por levar integrantes da Mangueira  vestidos de Parangolés. A experiência no morro fazia parte da dimensão que sua obra queria atingir.
Foi a obra "Penetrável Tropicália" que influênciou o grupo musical de Caetano Veloso Gilberto Gil Gal Costa e Betânia a adotarem o nome "Tropicália" na década de 60.
Dizia que suas obras eram " A primeiríssima tentativa consciênte de impor uma imagem brasileira ao contexto da vanguarda".
Tem como p´re-requisito a incursão do visitante, ou seja, os ambientes coloridos só funcionam com a presença do espectador.