16 de nov. de 2010

O tufo de cabelo



Pela improbabilidade das coincidências esta história, pode parecer exagero, mentira, conto enfeitado, mas creiam, foi a mais pura verdade. Esses fatos ocorreram com pessoas conhecidas minhas e por esse motivo e para não constranger à ninguém os nomes dos envolvidos serão substituído por nomes fictícios.

Era tarde de sábado, todos executando alguma função num sábado ensolarado e quente. Silvana chegava na casa de sua prima Maria quando ouviu um taxista chamar,
- Moça, eu estou procurando uma pessoa pra fazer uma entrega no número quatrocentos e poucos (Maria morava no 417), o nome dela é Maria, a senhora sabe quem é.
Silvana respondeu:
- Claro que sei, é minha prima, estou indo agorinha na casa dela.
O taxista todo aliviado por poder ir embora, disse:
- Nossa moça, será que a senhora pode entregar essa caixa pra ela por mim. É que mandaram entregar.
- Claro moço. Já estava indo pra lá, não me custa entregar sua encomenda, disse Silvana.
Assim se foi, Silvana subiu e entregou a caixa de presente para Maria que surpresa pensou ser de algum admirador. Toda animada e pirilampa, Maria sentou-se para abrir o presente, quando a surpresa...um tufo de cabelo.
Maria apavorada olhando para Silvana, também apavorada, disse: É macumba...
Imediatamente Maria ligou pra sua "vidente" pessoal, da qual ela se consulta quando precisa, e disse:
Dona Luzia, me mandaram um tufo de cabelo. Um taxista parado aqui na porta mandou me entregar uma caixa de presentes com um tufo de cabelo dentro. É macumba, o que eu faço ????
Dona Luzia, pessoa respeitada em seu meio, falou: Você conhece quem te mandou isso ?
- Não, claro que não.
Então Maria, faz xixi em cima e joga sal grosso.
Maria, de imediato, aproveitando as cervejinhas bebidas antes do almoço, caprichou no jato. Praticamente lavou o tufo de cabelo, logo em seguida colocou-o de novo dentro da caixa e jogou um monte de sal grosso.
Sentindo a alma lavada, Maria deixou o estranho presente no corredor de seu prédio, pretendendo o jogar na rua logo que anoitecesse.
Algum tempo depois, tocou o interfone. Era o taxista, desesperado, por que havia feito a entrega em lugar errado, na verdade a caixa tinha que ser entregue para uma Maria no cabelereiro em frente ao edifício, onde uma senhora esperava o aplique importado do Canadá (tão importante que foi de táxi sozinho) para colocar no cabelo e ir a um evento chiquérrimo onde faria uma palestra.
Eu imagino a cara que o leitor está fazendo nesse momento. Foi a mesma cara que fiz quando soube da história.
Maria, escondido, rapidamente deu uns tapinhas no aplique para tirar o excesso de sal grosso (o xixi já tinha secado), arrumou "direitinho" na caixa e devolveu pra dona do pacote que imensamente agradecida a todos (Maria, Silvana, taxista), levou a caixa para o salão para logo em seguida sair de lá toda enfeitada com o aplique fedorento nos cabelos.
Fiquei pensando, como fizeram pra mascarar o cheiro do xixi ? E a mulher cheia de sal grosso pela festa afora. Uma hora o fedo ia subir.
Inacreditável.