14 de mar. de 2011

A história da uva e o surgimento do vinho.


É impossível identificar a primeira ou exata região a cultivar uvas, os registros mais antigos datam de 7000 a. C. a  5000 a. C.  em regiões da China, Irã e na Geórgia, levando a crer que foram as primeiras regiões a fabricar o vinho. Segundo alguns enólogos (cientista da uva e do vinho), o vinho surgiu por acaso possivelmente por um punhado de uvas amassadas e esquecidas que sofreram o processo de fermentação. 
Os Fenícios, natos comerciantes, levaram o fruto a Grécia, que logo foi absorvida pela cultura, na mitologia grega incorporada em Baco ou Dionísio. Os Gregos levaram sementes de uva para várias de suas colônias, mas foram certamente os romanos os grandes responsáveis pelos inúmeros vinhedos espalhados pela Europa. Símbolo de conquista e poder, as parreiras eram plantadas nas entradas das terras conquistadas durante a expansão romana, o vinho era a bebida dos gladiadores em homenagens as suas vitórias, as folhas de parreiras usadas atrás das orelhas dos imperadores, enfim, totalmente inserida no dia a dia cultural desses povos.

Melhorando sua tecnologia, aprimorando o sabor quando colocados em barris de madeira, os romanos levaram o vinho para Grã- Bretanha, Germânia e França. A queda do Império Romano e as constantes invasões bárbaras diminuiu consideravelmente a produção de uvas, porém o poder simbólico e religioso do cristianismo trás consigo o ressurgimento do plantio de uvas. Importantíssimo e indispensável em celebrações cristãs, por representar o sangue de Cristo, o vinho era cultivado em grandes mosteiros, sendo muitos ainda ativos na Europa. O vinho era usado tanto dentro da igreja nas celebrações quanto para a venda externa para o povo. As Cruzadas religiosas e posteriormente as Grandes Navegações, possibilitaram o plantio do fruto e a produção do vinho em quase todos os lugares do mundo.

Os lugares onde os vinhos são mais famosos e caros são: França, Itália, Espanha e Portugal. Como passar por Portugal sem mencionar o delicioso Vinho do Porto. 
Para se entender a produção de vinhos em Portugal é mais fácil dividindo o pais entre Norte e Sul. Ao Norte se produz o Vinho Verde, não necessariamente de uvas verdes, mas de uvas novas, garantindo a acidez do vinho. Ao Sul, ao longo do Rio Douro são cultivadas variedades de sementes de uvas, que pelo leito do Rio ser coberto por xistos as raízes das plantas têm que fazer um esforço muito maior para obter os nutrientes do solo, resultando assim num vinho bastante concentrado e rico. Permite-se até 48 variedades de uvas na fabricação do Vinho do Porto, mas seis são indispensáveis: Touriga Nacional, Tinta Cão, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Francesa e Tinta Amarela.



Hoje é possível degustar excelentes vinhos nacionais vindos do Rio Grande do Sul. Rosé, doces, secos, tintos ou brancos a produção de vinho no Brasil cresce de forma bastante satisfatória. A nova onda do momento (uma onde burguesa, já que o vinho está muito popular) são os Vinhos de Garagem, onde uma pequena plantação de uvas cultivada numa pequena propriedade, resulta num vinho feito com as melhores uvas, selecionadas e separadas, vinho engarrafado de forma artesanal tendo sua venda a peso de ouro. Este será um tema que futuramente pretendo conhecer melhor.

4 comentários:

Suh.* disse...

Ana, excelente artigo, muito interessante..beijinhos.

Ana Paula disse...

Volte sempre. Bijin...

Mariângela Anelli disse...

Como minha descendência não nega, minha paixão pelo tema é óbvia, realmente a Itália sobressaiu-se na história desse cultivo e ostentação, mas há preferências por várias nacionalidades de vinho e sua origem aqui citada foi acertada. Esclarecedor pois, muitos pensam que a bebida era de origem italiana ou portuguesa. Recentemente em 2011, posso citar ainda, um vinho português ganhou o Casal da Coelheira 2010, ganhou destaque, alcançando o Ouro, prêmio máximo no Vinalies Internationales 2011 um concurso francês, onde disputou com 3500 vinhos vindos de diferentes países. Gostei da abordagem histórica a cerca do que gosto de apreciar, melhor seria ler, saboreando um desses exemplares...rsrs. Abração

Ana Paula disse...

Mariângela, que bom que te agradei, volte sempre.