Agora em definitivo, estou de volta a São Paulo, depois de 10 anos morando no interior paulistano. Antes de mais nada, queria agradecer, de coração, aos grandes amigos que fiz nesta região. Pessoas muito especiais, de profunda relevância para meu amadurecimento pessoal. Sou historiadora cultural, portanto, todas as diferentes culturas me interessam. Conhecer o interior e suas particularidades enriqueceu, e muito, minhas experiências pessoais que serão aplicadas em minha vida acadêmica. Garanto apenas que são pessoas muito bacanas, inteligentes que têm muito a oferecer e ensinar aos moradores das grandes metrópoles. Um dia ainda pretendo voltar a morar lá, no interior paulista.
Depois de uma breve adaptação e uma mega correria para colocar as crianças na escola, em pleno fim de ano, pude finalmente dedicar uma tarde pra mim. Pensa que a vida é fácil?
Depois de uma breve adaptação e uma mega correria para colocar as crianças na escola, em pleno fim de ano, pude finalmente dedicar uma tarde pra mim. Pensa que a vida é fácil?
Fui à FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), próximo ao Estádio do Pacaembu para ver a exposição de Nelson Leirner e outros artistas. Fui empolgadíssima, pois, sei que pelo estilo dos artistas que expunham, os happenings são de praxe. Seguindo esse conceito, a arte tem que interagir com o público, sendo assim, eu participaria de tudo exposto. Fiquei alucinada com essa possibilidade.
Logo no saguão deparamos com várias estátuas de Aleijadinho, mais precisamente "Os Profetas". Fantástico.
Depois de vislumbrar tanta beleza, achei a sala que queria ir, mas fui direcionada para o lado oposto à sala para guardar minha bolsa no guarda volumes, abriu-se uma porta de vidro automática que me deixou num a sala muito escura de frente a uma obra semelhante a uma cascata, porém, de letras. A exposição se trata de "Memórias Reveladas" unindo a arte e tecnologia, de maneira lúdica e interativa. Quase tudo em 3D. Fazia tempo que eu, sozinha, não me divertia tanto.
A cascata de letras, simplesmente me seduziu. Quando entrei, vi nomes de artistas, teóricos e participantes do circuito das artes descendo a parede em forma de cascata, depois escorrendo pelo chão até chegar aos meus pés, comecei a andar e "entrar" neste rio cada vez mais pra dentro, e quando percebi estava de frente com a parede, completamente absorvida naquele universo diferente. Parecia um transe., um estado de hipnose. Não sei explicar mas essa cascata mudou alguma coisa dentro de mim. Peço perdão ao artista por não poder dizer agora seu nome, não anotei, mas prometo pesquisar e lhe dar os merecidos créditos.
No teatro, havia trechos de peças em hologramas, protagonizadas por Marília Pêra, Eva Vilma entre outros. Tinhamos a impressão de estar numa sala de teatro vendo o(a) protagonista de verdade e ao vivo. A tecnologia voltada para o bem faz coisas inacreditáveis.
Fui a exposição "Tékhne" que em Grego significa Arte, maestria, destreza. Seria capaz de contar cada obra que vi, mas acho que as experiências são únicas e individuais, sendo assim, aconselho todos a prestigiarem tais eventos.
Havia uma sala escura, bem escura, apenas com uma projeção de uma imagem distorcida direcionada a um chumaço de algodão, porém, colocando a palma da mão entre a projeção e o chumaço de algodão, aparecia a imagem de uma pessoa nadando, na palma de nossa mão e ao fundo, propositalmente, um som de oceano, de ondas chegando na praia. Outra obra era uma cama gigantesca onde deitada eu olhava um espelho pendurado no teto com projeções de várias imagens, como o Globo terrestre ou conchas coloridas sendo minha imagem inserida neste universo. Percebe como o espectador faz parte da obra. Tudo isso não seria possível sem Marcel Duchamp.
Infelizmente nada vi de Nelson Leirner, ele foi homenageado, porém não havia nenhuma obra sua. Particularmente achei um pecado isso, mas enfim. Fiquei mais de três horas indo e vindo dentro do MAB (Museu de Arte Brasileira)- FAAP, cansei de andar, mas valeu muuuito. Fantástico. As exposições estão de parabéns. Eu recomendo.
Visitei depois o Museu da África, mas esta história fica para a próxima postagem.
Havia uma sala escura, bem escura, apenas com uma projeção de uma imagem distorcida direcionada a um chumaço de algodão, porém, colocando a palma da mão entre a projeção e o chumaço de algodão, aparecia a imagem de uma pessoa nadando, na palma de nossa mão e ao fundo, propositalmente, um som de oceano, de ondas chegando na praia. Outra obra era uma cama gigantesca onde deitada eu olhava um espelho pendurado no teto com projeções de várias imagens, como o Globo terrestre ou conchas coloridas sendo minha imagem inserida neste universo. Percebe como o espectador faz parte da obra. Tudo isso não seria possível sem Marcel Duchamp.
Infelizmente nada vi de Nelson Leirner, ele foi homenageado, porém não havia nenhuma obra sua. Particularmente achei um pecado isso, mas enfim. Fiquei mais de três horas indo e vindo dentro do MAB (Museu de Arte Brasileira)- FAAP, cansei de andar, mas valeu muuuito. Fantástico. As exposições estão de parabéns. Eu recomendo.
Visitei depois o Museu da África, mas esta história fica para a próxima postagem.
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