30 de jun. de 2009

A educação vai bem...obrigada!

Há algum tempo, nosso governador José Serra vem trabalhado em escolas de São Paulo com as famosas apostilas. São duas, a do professor com respostas das questões e sugestões (ordens,pois não podem ser mudadas) para o planejamento das aulas e a do aluno com as perguntas e espaços para respondê-las.

Em primeiro lugar as apostilas atrasam pra chegar, ou seja, quando chegam, o professor tem que correr com a matéria por que tem prazo para seu término, em segundo lugar as apostilas vem com erros grotescos tendo que ser devolvidas atrasando mais ainda a matéria e por fim é um desrespeito a natureza, que nos dias de hoje é tão defendida pelo Greenpeace e outros órgãos, a quantidade de árvores cortadas pra se fazer essas apostilas. .

São quilos e mais quilos de papel não aproveitado ( fica a sugestão de reciclar o papel da apostila e refazer a apostila com esse mesmo papel) encostado na sala dos professores que pra piorar a situação são repetidas. É isso mesmo, as apostilas deste ano são iguais a do ano passado iguais a do retrasado, ou seja, não muda nada.

Ora, se o Governador pretende justificar seus gastos públicos em educação desta forma, é necessário que a sociedade se comova e faça alguma coisa contra essas medidas.

Não adianta investir dinheiro, só pra dizer que está investindo, em projetos sem resultado.

Sugiro que os alunos tenham seu livro referente a matéria e o professor tenha sua apostila (já que o Governo quer trabalhar desta forma) e a siga de maneira fiel sem a necessidade de trocar todos os anos e sim quando houver modificações no conteúdo.

Como se não bastasse, o Conselho Nacional da Educação propôs ao Governo (que irá aprovar) uma medida (não sei pra quê) onde os alunos do ensino médio ( 1°, 2° e 3° colegial) não terão que fazer as disciplinas chamadas "tradicionais" como história ( que absurdo), matemática e ciências, e você pensa que acabou ? nada, os alunos terão o direito de escolher qual disciplina farão. Segundo o Conselho, a ideia é ministrar as aulas de forma que o aluno se veja envolvido naquela situação, fazendo parte daquele contexto. Ora, a ciência é nada menos que a compreensão da parte física e funcional do ser humano. A história nem se fala uma vez que como professora já me deparei com alunos do 3° ano do ensino médio que não sabia explicar o nazismo e conhecia pouco Hitler. Gente, olha o perigo, olha como jovens podem se tornar presas fáceis de mal intencionados que buscam o poder usando pessoas como massa de manobra. Sem conhecer o passado não é possível planejar o futuro, sem conhecer as causas e consequências dos fatos.

Não adianta querer melhorar a educação diminuindo as disciplinas a serem ministradas mas sim, uma reforma completa dentro das escolas públicas, com substituições de diretores aposentados que acumulam cargos públicos e professores que estão a muito tempo na rede pública, e como bom funcionário público brasileiro tem por hábito tratar mal as pessoas com que lidam, neste caso os alunos, (no Brasil o funcionário público se apodera do cargo como se fosse dele, contrariando a ideia matriz de Burocracia de Max Weber, onde o funcionário torna-se encarregado daquele cargo público devendo satisfações aos seus superiores e tendo e responsabilidade de trabalhar pela soberania do Estado).
Nunca ouvi falar que em países desenvolvidos diminuissem a grade de disciplinas a serem ministradas, pelo contrário, a carga horária aumentou, veja o caso do Japão, a história do país é difundida até os dias de hoje, eles não esquecem de como foi a Segunda Guerra e suas consequências. Como banir a história como disciplina obrigatória? Nossos governantes se preocupam muito pouco com a educação, haja vista o estado de conservação da USP e de outras Universidades Federais.
Como diria Boris Casoy, "é uma vergonha".

17 de jun. de 2009

Reflita você mesmo.

Culpa do capitalismo.Parece uma frase cliché, já formada, falada e repetida inúmeras vezes, mais será que tem embasamento? Vamos analisar.


Desde o fim do feudalismo, aquele sistema em que o senhor feudal "doava" terras a camponeses para o plantio de alimentos em troca de parte da produção dos alimentos, passando pela explosão da I e II Revolução Industrial com a descoberta da máquina à vapor, novos investimentos em tecnologia e ciência e a descoberta do aço, alavancaram o aparecimento de uma nova burguesia endinheirada.

O poder de trocar dinheiro por mercadorias de todos os tipos desencadeou uma busca alucinada pelo dinheiro que será novamente trocado por mercadorias de todos os tipos. É um ciclo vicioso sem fim. Quem pode estuda para se especializar numa profissão que o enriqueça e lhe traga status, quem não pode trabalha em qualquer função ganhando um salário miserável e da forma que pode tenta entrar no ciclo vicioso, pois as formas de divulgação de regras de conduta (TV principalmente) criadas por este capitalismo atinge todas as camadas sociais.
Ocorre que periodicamente, até por sua dinamicidade, crises economicas atinge países centrais, base de sustentação deste capitalismo e num efeito dominó fragiliza todos os outros países que dependem da demanda de material de base dos países centrais. Sem a demanda, a produção diminui causando desemprego, quebra de empresas pela diminuição de exportação e de mercado interno consumidor, aumento de preços dos produtos consumidos internamente e consequentemente causando um desequilíbrio social refletido diretamente na violência.
Quando as crises económicas acontecem a tendência dos países é de se interiorizar, por meio de produção e consumo interno, alianças e com a ajuda do Estado que investe dinheiro nessas empresas.
O primeiro sinal dessa interiorização, é a xenofobia, a aversão ao estrangeiro que no mercado de trabalho é visto como concorrente, que ocupa a posição de operário que poderia ser preenchida por um filho da Nação.
Da xenofobia e da falta de valores na formação do caráter dos indivíduos, surge todos os tipos de preconceitos. Contra gays, negros, nordestinos, gordos, haja vista aquela pancadaria na Parada Gay em São Paulo em que uma pessoa ficou com traumatismo craniano, ou essa onda de neonazistas que surgem feito erva daninha em todos os cantos do país que não se dão nem ao trabalho de conhecer historicamente o surgimento de tais pensamentos e sua fundamentação teórica e saem pregando e executando a superioridade branca, a obediência cega ao líder e o silêncio das práticas internas desses grupos. É tanta audácia que buscam formar um partido político buscando espaço no Congresso para legitimar suas ações.
Não é possível afirmar que a culpa é só do capitalismo causador da falta de tempo pra se fundamentar uma família centrada com filhos menos agressivos, mas é possível identificar que depois de sua criação as relações sociais entre indivíduos tornou-se instável e depende da necessidade de mão-de-obra para o mercado para serem positivas ou negativas.
"Do jeito que as coisas vão, precisaremos de um novo iluminismo."(M.P)

7 de jun. de 2009

Nada é maior que meu amor nem mais bonito II

Visitando o blog da minha amiga e irmã espiritual, Nayara li em sua última postagem um lindo texto sobre Roberto Carlos, o Bob (para os íntimos), e inacreditávelmente, numa dessas sintonias que a gente não explica simplesmente acontece, eu estava procurando algumas músicas do Bob pra baixar. Lendo sua postagem lembrei que aproximadamente dois anos atrás, um carro passou com o volume muito, mais muito alto com uma música do Bob e ao contrário de eu ficar irritada (era domingo a tarde e estava tirando um cochilo), a música mexeu comigo de uma forma que fiquei meio comovida a tarde inteira (e não dormi mais) e pensei exatamente como minha amiga; o que me faz gostar do Bob? Puxa...são tantas emoções. A resposta é muito simples, o Bob fala com a alma, com o coração de quem já sentiu tudo aquilo que ele canta (e quem nunca sofreu por amor ou nunca esteve apaixonado loucamente?). Por mais que as pessoas digam que ele é brega (e não é porque hoje ele está na moda) ele consegue descrever emoções com palavras e uma profundidade que a gente chega a ter aquele sentimento que a música quer passar.
Também assisti ao programa em que ele cantava com elas e fiquei emocionada com a energia positiva e o romantismo que fica no ar. Hoje não existe mas romantismo, as pessoas ficam, e como é, rápido não dá tempo para surgir as afinidades e o romantismo, aquela vontade de fazer o outro feliz, o prazer de doar pra ter em troca um sorriso, isto não existe mais, infelizmente.
Sorte que Roberto Carlos existe para nos lembrar como é bom sentir o amor.